Comemoração do 50º aniversário da existência das FALINTIL: Tenente-General Falur Rate Laek pede aos timorenses que continuem a espalhar a paz pelo mundo

Baucau, 18 de agosto de 2025.

Comemorando o 50º aniversário da existência das FALINTIL, o Chefe do Estado-Maior General das FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Tenente-General Domingos Raúl "Falur Rate Laek", pediu aos timorenses que continuem a espalhar a paz pelo mundo, a fim de contribuírem para o que há de melhor, que é superar os obstáculos da vida e alcançar a paz na Administração Municipal de Baucau.

"Reunimo-nos aqui não apenas para refletir sobre o passado comum, mas para renovar os valores positivos do nosso presente e traçar o caminho para o nosso futuro", declarou ele em um discurso lido pelo Chefe  do Gabinete do Estado-Maior General, Coronel Marcelino Ximenes "Rizai", na Administração Municipal de Baucau.

Ele afirmou que este dia importante invoca a memória daqueles que lutaram na guerra e a gratidão àqueles que, com a nova geração, assumirão as responsabilidades que herdarão a nação. No contexto da luta de TL pela autodeterminação, a FRETILIN emergiu como uma força política mobilizada para a busca da independência, acima da traição e do conflito colonial.

"A criação das FALINTIL em 20 de agosto de 1975 para defender o povo e o território nacional exige uma organização das Forças Armadas com capacidade para proteger a população, apoiar a independência e reprimir agressões externas, especialmente contra potências que ameaçam a libertação nacional", afirmou.

Por isso, o Governo, através do Ministério da Defesa e das F-FDTL, decidiu escolher como tema geral para a comemoração do Dia das FALINTIL deste ano o tema "Estender a Paz ao Mundo". Por isso, o Chefe do Estado-Maior General das FALINTIL-FDTL considera que este tema reflete a paz e a harmonia.

"Este tema nos guia para o valor da reflexão, da disseminação da paz pelo mundo e do diálogo direto com essas heranças. Em nossa história, na guerra, aprendemos a lutar, assim como em tempos de paz, sabemos como fazer a paz", disse ele.

Porque a luta pela libertação ensina a defender a terra e demonstra maturidade democrática, exige que abramos as portas ao mundo para testemunhar que a paz é obra da justiça, do diálogo e da cooperação.

Porque o subtema para a comemoração do Dia das FALINTIL deste ano é: FALINTIL com identidade nacional, construindo o caráter de uma nação, porque afirmamos que a identidade não é um monumento, mas o processo de construção do caráter nacional se forma através do sofrimento e das dificuldades.

Ele também pediu ao governo que continue a servir o povo, a educar o povo e a cuidar dele, porque as FALINTIL ensinam que este país se constrói através da soberania e da responsabilidade de defender o território, respeitar o direito internacional e fomentar as relações internacionais com outros países. Porque as FALINTIL também ensinam que é preciso ter coragem e prudência, agir com firmeza contra a injustiça, sem ceder a tensões violentas, disciplina e unidade, e cumprir o dever de paz e tranquilidade, sem esquecer que as pessoas são o centro da missão.

Ele também pediu que se crie unidade e que o respeito pela diversidade, pluralidade e cultura de origem seja uma riqueza que fortaleça a nação.

Além disso, pediu a todos os timorenses que trabalhem com integridade e coloquem o interesse público acima do benefício pessoal, da transparência e da honra.

A independência não é o ponto final, mas sim o início de um esforço coletivo pacífico e duradouro, que se baseia em instituições imparciais, numa Força de Defesa profissional, numa força policial próxima dos cidadãos, num sistema de credenciais fiável e numa administração pública dedicada ao bem comum.

"A  paz como missão nacional e internacional. A experiência timorense confere-nos a autoridade moral para participar com humildade e competência na missão de paz, cooperação regional e iniciativas de desenvolvimento sustentável", afirmou.

"Nosso uniforme deve ser sinônimo de proteção e mediação para espalhar a paz pelo mundo. Por isso, no futuro, devemos também investir na diplomacia de defesa, com participação e treinamento contínuo, para que nossa contribuição seja credível e eficaz", concluiu.

Media-F-FDTL

J'Silva